6 de abr. de 2010

A liberdade de não rotular

Ouvindo: Tiê - Assinado eu
Eu não tenho nem palavras para explicar a liberdade que eu sinto quando estou escrevendo, e é justamente por causa dessa liberdade que eu me sinto no direito de vir aqui e escrever esporadicamente, sem obrigação só diversão.
Foi assim, tentando me livrar dessa obrigação, que eu cheguei a conclusão que não sei conviver com os rótulos. Não gosto que me rotulem, mais do que isso não suporto que me rotulem, e por isso eu não sei responder perguntas sobre mim. Quando você rotula uma pessoa, você (ainda que sem querer) passa a vê-la como uma pessoa previsível, e começa a tentar adivinhar coisas sobre ela de acordo com aquilo que você pensa. Isso não é horrível? Mais que horrível, é péssimo.
Não me pergunte qual é o meu estilo, porque eu não sei responder. O que tem de errado em querer ter vários estilos? Em querer ser cada dia um "coisa" diferente? Eu posso usar preto num dia e branco no outro, posso gostar de rock pesado e de música clássica sem tender totalmente para nenhum dos dois lados. Por isso é legal estar aberto as pessoas, estar aberto a perceber o quão surpreendentes as pessoas podem ser, sem que você tente prevê-las antes.
Quem reclama que não se surpreende com nada é porque imagina demais!
Os contrastes e paradoxos da vida são o que dão graça ao dia-a-dia. Não vale a pena ser uma coisa só o tempo todo, é chato e cansativo.
Que fique bem claro que eu não estou falando de personalidade, mas sim de estado de espírito/gostos/humor/opniões...
Eu não sou uma constante, sou uma variável beeem variante, mas isso não me impede de ser completamente determinada e segura dos meus conceitos, só significa que eu aceito que posso mudar de idéia as vezes.
Aproveitando o assunto "rótulos", eu digo que esse blog é totalmente sem rótulos! Há liberdade total aqui, liberdade para fazer textos de desabafo (como esse), críticas a filmes/livros/músicas, poesia, textos fúteis e mais todas as outras coisas possíveis. Não esperem nada certinho, pois a idéia é ser imprevisível! E pra ser sincera, eu acho que assim fica muito mais verdadeiro.

3 comentários:

Leon disse...

Eu prefiro ser... essa metamorfose ambulante! =)

Shanely da Silva disse...

a nossa liberdade é o que nos prende! você tá certa, rotular é péssimo.

Maísa Braga disse...

seguindo. ;)