13 de mai. de 2012

A poesia da simplicidade


Toda manhã eu torço pra que chova.
Gosto de lembrar do gosto daquele teu bolo de cenoura.
Queria que todos os dias tivessem a cara dos dias na casa da avó.
Queria poder dizer que dormir até doer as costas é a minha rotina.
Por um dia, queria não me sentir estranha por odiar o Sol.
Qual a vantagem de viver no litoral se ele não te satisfaz?
Queria não ser tão difícil de satisfazer.
Quero manter o meu apreço pelos momentos mais simples.
Mais pessoas simples, menos pessoas tentando me agradar.
Pobres dos que tentam, pois eles nunca conseguem.
Queria ser menos inconsequente.
Preciso ser mais responsável.
Parar de sentir arrepios na espinha.
Fechar os olhos e sentir o cheiro do café.
A luz de um dia nublado, ou melhor, a ausência dela.
Fotografias, imagens e palavras.
Todas minhas.
Só minhas.