28 de abr. de 2010

Alice?


Por mais que eu deteste modinhas, eu tenho que confessar que essa última me foi bem útil. Todo esse frenesi por conta do filme de Tim Burton, Alice no País das Maravilhas, me fez resgatar da infância esta personagem e esta história que eu tanto gostava, e ainda gosto.
Eu me lembro que quando eu era criança, eu costumava assistir ao desenho sempre que eu podia. Eu não sabia o porquê, mas por algum motivo aquele era o meu desenho favorito. Dizem que a história em si é toda uma grande metáfora, que faz referência à vida e a como nós a encaramos. Se é verdade ou não, eu não sei. Na minha época de criança eu não enxergava isso, era só um desenho divertido. Hoje eu entendo, e até concordo com a teoria acima.
Hoje, meu lado criança se fascina com as impossibilidades da história. As metáforas, os neologismos, a grande viagem que a história dá...tudo me encanta.
Por outro lado, meu lado “maduro” entende de onde vem esse fascínio; vem da minha identificação com a personagem. A Alice é sonhadora, tem tendência a fugir da realidade e fantasiá-la. Eu sei o quanto eu sofro por ser assim. Eu digo sofrer, porque dói quando a realidade não é igual ao sonho. Nós, os sonhadores, temos o péssimo hábito de criar expectativas. E por conta disso quase sempre acabamos frustrados, pois dificilmente a realidade é igual ao sonho.
Outra característica que eu compartilho com Alice é a curiosidade. Quem me conhece sabe o quanto eu sou curiosa, e eu sou muito mesmo. Eu conheço os meus limites, e sei até onde essa curiosidade pode chegar.
Se eu já me machuquei por saber demais? É claro que sim, e não foram poucas as vezes. Se eu me arrependo? Sinceramente, não. Eu aprendi a conviver com a necessidade de saber tudo, e tenho aprendido a tirar proveito disso. Quando eu acabo sabendo mais do que deveria ou até mesmo queria, eu tiro como lição para conseguir me impor limites.
Pessoalmente falando, eu tenho necessidade de visitar com freqüência o País das Maravilhas. Não que eu fuja da realidade, pelo contrário, eu estou bem a par dela. Mas quando essa realidade se torna chata e pesada, eu visito o País das Maravilhas. Lá as coisas não precisam ter sentido, e tudo pode acontecer exatamente como nos meus sonhos.
Eu te recomendo que visite o País das Maravilhas de vez em quando. Não que você vá criar moradia por lá, mas vale a pena visitar. Se você for, mande cumprimentos ao Chapeleiro Maluco de minha parte, ok?


3 comentários:

Aymée Fávaro. disse...

já disse que o blog tá lindo, né ? ahaha. gostei muito *-*

♪ Sil disse...

Ana, obrigada pelo carinho no meu blog viu!
Alice?? Ahhhh quem não leu? rs
Vai sempre fazer parte!
Um grande abraço!

Ana. disse...

Ei, me assustei com seu nome oO
Igualzinho o meu.
Lindo blog.
Ass: Ana Carolina Carvalho [2]
hahaha