14 de out. de 2011

The Unnamed Feeling


É uma sensação difícil de descrever.
Começa com um aperto, depois vira um vazio e eu não consigo identificar o que o preenche.
Seria culpa?
Mas pelo quê?
Não carrego mais o peso da auto-acusação. Não deixo que ninguém me acuse. E aprendi a usar a religião ao meu favor, e não contra mim.
Seria dor?
O que dói então? Acredito que não tenha sobrado nenhuma ferida aberta, esperando pela cicatrização.
Seria preocupação?
Mais aceitável. Porém tão subjetivo.
Me perco em pensamentos tentando descobrir o motivo, mas continuo no vazio.
Tento preencher, puxar, vasculhar cada canto. Mas nada acontece!
Fecho os olhos e os aperto, até o que o vazio de não saber o que me incomoda suma.
Penso em coisas boas. Tento me subornar com elas, fazendo um trato comigo mesma para não pensar nas ruins.
Lá se vai mais um dia. 
Mal vai embora e eu já começo a me munir para as próximas ocasiões.