Não que fosse normal, aceitável ou esperado. Mas
aconteceu. Eu senti sua falta. Senti saudade. Essa sensação de vazio que eu não
me é permitida sentir, não quando diz respeito a você.
E talvez não fosse só o fato de você não estar
fisicamente presente, mas sim o fato de você nunca estar, de fato, comigo. A
saudade que eu sinto é da sua companhia.
Essa que eu nunca tive. Essa que eu tiver que aprender a viver sem.
O dia transcorreria normalmente, como era de se esperar.
Eu arrumaria desculpas, atividades e pessoas para preencher o seu lugar, como
era de se imaginar. Mas nunca é a mesma coisa.
Sinto falta de poder sentir falta. Sinto vontade de te
ligar e dizer “olha, essa distância toda entre a gente não está legal”. Seria
loucura, seria impulsivo até pra mim. Mas é assim que eu sou, e você bem sabe.
Impulsiva, inconsequente e como dizem por aí “meio doidinha”.
Você gosta das minhas palavras doces e simples. Diz que
se agarra a elas quando pode. Eu não tenho nem ao que me agarrar. Tento buscar
a lembrança do teu cheiro, mas ela já é vaga. Talvez os olhos, mas eles
resistem em me encarar. Fico com a saudade. A saudade escondida. A falta que eu
sinto só pra mim e ninguém mais pode saber. Nem mesmo você.
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