12 de set. de 2010

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Quatro anos, pouco tempo...tanto tempo.
Meu primeiro namorado, o piercing, a tatuagem, as mudanças físicas, minha formatura...você perdeu isso tudo.
Eu desejei com todas as minhas forças que você estivesse aqui.
Foi duro não ter alguém pra contar as novidades. É duro.
O tempo todo foi como se faltasse alguém. E faltava, ainda falta.
O que você pensaria de mim? Será que teria orgulho da adulta que eu me tornei? Da última vez eu ainda era uma criança, lembra?
Eu prefiro não pensar em como seria, assim dói menos.
Eu prefiro não pensar em você. É egoísta, mas é uma forma de me proteger.
Vou te contar um segredo, eu não sou uma adulta. Eu ainda guardo muito daquela criança que você conhecia tão bem, aquela que desde cedo já se identificava com você. Você me ensinou tanto, eu só queria provar que aprendi.
Eu me arrependo de não ter dito o quanto você era importante, mas acredito que você sabia.
Da mesma forma que você nunca precisou dizer para que eu soubesse o quanto você me amava.
Eu não sou boa para demonstrar sentimentos, ainda mais falando. Mas tudo bem, puxei isso de você.
Obrigada pelas lembranças. Por tudo o que você foi e fez.
Me alegra saber que eu também tive um papel importante na sua vida.
Beijo,
sua afilhada

Um comentário:

Sol disse...

seu pai já sabia de tudo isso que vc disse aqui..
sabe quem contou?
o mesmo amor que ele sentia (e ainda sente) por vc.

bjs.Sol