30 de mai. de 2010

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Se alguém me pedisse para indicar algum filme agora, com certeza seria esse. "Brilho eterno de uma mente sem lembranças", ou "Eternal Sunshine of the Spotless Mind" ganhou meu coração e a minha admiração desde a primeira vez que eu o assisti. Eu confesso que na primeira vez eu era bem novinha(por volta de uns 12/13 anos) e ainda assim não pude deixar de me comover com a história de amor de  Joel e Clementine.
Eu não vou ficar aqui contando o filme para quem não assistiu, se você puder assista, vale muito a pena.
Mas na verdade eu só quero compartilhar com os meus poucos porém fiéis leitores, o que esse filme louco e sensível despertou em mim.
A história gira em torno de Joel e Clementine, um casal tão diferente, ele é um homem sério e responsável ao extremo enquanto ela é totalmente impulsiva e um pouco irreponsável; mas ao mesmo tempo tão normal,m já que enfrentam os dilemas das diferenças e o peso da rotina que todo casal acaba enfrentando um dia. 
O que torna a história do nosso casal tão especial, é o fato de após uma briga Clementine decidir(em mais um de seus ataques de impulsividade) apagar Joel da sua memória, literalmente. Para conseguir isso ela se submete ao tratamento do Doutor Howard Mierzwiak que promete apagar completamente qualquer um que você queira dos seu pensamentos. O tratamento é bem sucedido, e quando Joel descobre o que Clementine fez ele decide fazer o mesmo tratamento. É exatamente ai que começam os momentos mais lindos do filme. Durante o tratamento, Joel se arrepende mas não há como voltar atrás, sendo assim ele faz de tudo para arrastar Clementine para as lembranças mais improváveis da sua vida, onde ela não estava e jamais procurariam por ela ali.
Eu acabei descrevendo a sinopse do filme aqui, mas não importa. O fato é que vagando pelas lembranças incostantes de Joel nós percebemos que os momentos mais simples são realmente os que tocam mais fundo no nosso interior. Pode parecer clichê, mas é a mais pura verdade. As vezes eles passam e nós nem ao menos nos importamos com isso, mas a possibilidade de perdê-los algum dia faz com que nós nos agarremos a eles com todas as forças tentando evitar de qualquer maneira a possibilidade de eles irem embora.
Outra coisa que fica bem claro no filme, é que você não tem o poder de controlar o seu destino. Desista, você pode tentar fugir, pode tentar evitar e pode até tentar apagar alguém de sua vida. Mas se as suas estradas tiverem que se cruzar, elas irão se cruzar quantas vezes for necessário e não há nada que você possa fazer para evitar isso.
Por último, mas não menos interessante, vem a mensagem de amar acima de qualquer coisa, acima de qualquer defeito ou qualquer qualidade. Amar por querer estar com a pessoa, porque ela te faz bem, e só. As brigas de Joel e Clementine são na maioria causadas pela personalidade inconstante dela e pelo medo da rotina que existe nele. Mas quando eles se perdem, percebem que até desses pequenos defeitos eles sentem falta.
Eu peguei esse filme, e essas mensagens pra minha vida. Assista, tire suas próprias conclusãoes e me diga como 'Brilho eterno de  uma mente sem lembranças' tocou você.
Pra terminar, um poema de Alexander Pope que nomeia o filme.

“Feliz é o destino da inocente vestal
Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida
Brilho eterno de uma mente sem lembranças!
Toda prece é ouvida, toda graça se alcança.”
Alexander Pope

25 de mai. de 2010

I just do'n't belong here...

É horrível essa sensação de tentar pertencer aonde você não pertence. Pior, é quando você quer pertencer a esse lugar, e lá no fundo você sabe que nunca fará parte dele. Parece existencialismo, mas é exatamente o que eu estou enfrentando nesse momento.
É tanta informação, tanta coisa nova chegando, mas eu sei que não é pra mim. Pode parecer sem nexo pra quem lê assim, mas pra mim faz todo o sentido.
Eu preciso me achar!
Mas eu já me achei. Eu sei exatamente quem eu sou, a que lugar e a quem eu pertenço.
Sendo assim, o que eu preciso mesmo é garantir a mim mesma que eu nunca me esqueça isso. Pois assim eu viverei em coexistência pacífica com o meu "eu", e o fardo da consciência nunca me alcançara.
Não sou melhor e nem pior do que ninguém, só não sou igual, e acredite, eu nunca serei.

...and I hope you understand

20 de mai. de 2010

Che

“ Conheci-o durante noites mexicanas frias, e lembro que nossa primeira discussão foi sobre política mundial. Poucas horas depois – de madrugada – eu já era um dos futuros expedicionários. Na realidade, depois da experiência vivida em minhas caminhadas por toda a América latina e do arremate na Guatemala, não era difícil incitar-me a participar de qualquer revolução contra um tirano, mas Fidel impressionou-me como homem extraordinário. As coisas mais impossíveis, ele encarava e resolvia [...] partilhei do seu otimismo. Era hora de fazer, de combater, de planejar. De deixar de chorar para começar a lutar.”

Che Guevara falando de Fidel Castro

10 de mai. de 2010

.

"De onde veio
De onde apareceu
Porque que o meu destino
É tão parecido com o seu?
Eu sou a terra
Você minha Semente
Na chuva a gente se entende
É na chuva que a gente se entende."

6 de mai. de 2010

A última romântica

Dizem que o romantismo já era; que na sociedade em que vivemos não há espaço para sonhos, muito menos os românticos. Dizem isso e dizem muito mais.
Eu sinceramente não acredito.
Não acredito que não haja tempo para idealizar o amor, ou até mesmo para vivê-lo com toda a intensidade. E ainda que eles estivessem certos, eu não mudaria. Continuaria sendo uma romântica incurável, que crê, sonha, ama, fantasia e às vezes até sofre.
Não adianta, aqui não tem mais jeito. Eu me apaixono sempre, por tudo e por todos. E provavelmente eu vou continuar assim, não digo pra sempre pois sempre é muito tempo. Mas terá de ser um obstáculo muito, mas muito grande para me fazer mudar de idéia.
Ai de mim que sou assim, romântica.